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Sinopse
"Estou no fundo do poço", foi o que pensou Alicia ao se ver novamente nas garras de sua mãe. Prestes a ter um casamento arranjado e com uma maldição correndo nas veias, ela enxergava não apenas sua vida, mas também sua liberdade, colocada em risco. Porém, o reencontro com a irmã, que há muitos anos não via, traz a esperança de que, juntas, ambas poderiam encontrar uma solução.
Entretanto, enquanto os dias correm e os planos não surtem efeito, Alicia enfrentará outra jornada: reencontrar a própria força.
Este livro é para aqueles que veem a magia nas palavras mais comuns. Porque, mesmo em um mundo mágico, nem tudo pode ser salvo com um “abracadabra”.
Comentários
O que vai encontrar?
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Uma família unida pelo medo

Maldições, magias, e conselhos duvidosos de um gato

Um amor capaz de curar todas as feridas
Degustação
Parte um "Maldição"
Estava condenada.
Escondida em um dos cômodos da enorme mansão, Thomas e eu buscávamos uma fuga daquele inferno.
Era para ser apenas uma visita à casa que ele deveria restaurar. No entanto, ao se tratar de Thomas, tudo pode ir pelo ralo em um piscar de olhos. Por isso, quando tocou a moldura de um dos quadros e uma névoa amarela se dispersou dele, fugir foi a única escolha.
— O que acha de tentarmos a saída nordeste? — Thomas sugeriu, o peito subindo e descendo, enquanto os olhos não paravam quietos. — Tenho quase certeza de que conseguimos chegar lá antes dessa maldição.
— Impossível — retruquei, entre um folego e outro. — Ela já deve ter se espalhado por todo lado.
Soltei o cabelo a fim de arrumá-lo e ocupara as mãos.
— Não senhora — insistiu, ajoelhando-se ao meu lado. — Se fosse assim, já estaríamos mortos e não vivos nessa sala.
— E você ainda quer sair? — Não disfarcei o choque na voz.
O que ele tinha na cabeça? Era a segunda pior ideia do dia.
— É claro! Se ficarmos a gente morre!
Dava para ver o quanto Thomas se esforçou para não gritar. Uma veia até saltou em sua testa, mas aquilo não me convenceria.
— Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. — Revirei os olhos. — Prefiro arriscar e ficar aqui. Assim temos um tempo até a ajuda chegar.
Respondi, pegando meu celular no bolso. Ainda que fosse uma mansão velha no campo, deve haver sinal para uma ligação.
— Alicia! — Thomas se levantou, segurando meus braços. — Ninguém vai vir! Essa casa não tinha nada de mágico até alguns minutos. Estamos sozinhos, consegue me entender?